terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Matéria em foco Módulo espacial russo retorna à Terra com 3 tripulantes



Terça-feira, 01 de Dezembro de 2009 | 08:16Hs

Fonte:

Redação



O módulo de retorno da nave russa Soyuz TMA-15, com três tripulantes a bordo, aterrissou hoje sem contratempos nas estepes do Cazaquistão, informou o Centro do Controle de Voos (CCVE) da Rússia.

A nave, que cerca de três horas antes havia se desacoplado da Estação Espacial Internacional (ISS), pousou às 5h17 (de Brasília), a cerca de 80 km da cidade de Arkalyk.

Conforme o previsto, o módulo de retorno, que trouxe de volta à Terra o cosmonauta russo Roman Romanenko, o canadense Robert Thirsk e o belga Frank de Winne, se desengatilhou da Soyuz às 4h50 (Brasília), ingressando na atmosfera terrestre quando estava a uma altura de 140 km sobre o Mar Mediterrâneo.

Equipes de resgate, com o apoio de 12 helicópteros militares e três aviões, acompanharam a nave em sua aterrissagem, informou a agência oficial Itar-Tass.

A tripulação, que permaneceu 188 dias na ISS, viajará do Cazaquistão até o aeroporto de Chkalovski, nos arredores de Moscou, em um voo especial. A expectativa é que o desembarque aconteça por volta das 11h (de Brasília).

sábado, 28 de novembro de 2009

Leilão em Paris traz de dinossauros a fraldas espaciais

De esqueletos inteiros a insetos fossilizados que viviam há mais de 400 milhões de anos até a parafernália espacial moderna, há algo para cada bolso em um leilão no próximo mês, em Paris, cujo tema é a evolução.

As centenas de objetos incluem curiosidades da era espacial, como um par de fraldas verde brilhante feitas para astronautas russos.

Outros destaques incluem um esqueleto de um Espinossauro de oito metros de comprimento, completo com seus dentes afiados e longa espinha dorsal.







Gonzalo Fuentes/Reuters
O esqueleto de um dinossauro, com 8 metros de comprimento e 100 milhões de anos, em exposição para leilão
O esqueleto de um dinossauro, com 8 metros de comprimento e 100 milhões de anos, em exposição para leilão


Insetos marinhos que datam de 470 milhões de anos atrás sairão por cerca de 2.000 euros (2.985 dólares) cada e dentes fossilizados de dinossauros e insetos pequenos podem ser adquiridos por poucas centenas de euros.

Mas o esqueleto de dinossauro deve ser arrecadado por várias centenas de milhares de euros.

"Há algo para todos os bolsos e para todas as fantasias", disse o curador Bertrand Cornette de Saint Cyr à Reuters na casa de leilões Drouot-Montaigne, onde o evento será realizado em 1 e 2 de dezembro.

Uniformes de astronautas e manuais de navegação espacial estão entre os equipamentos que visam os fãs da era espacial.

domingo, 19 de julho de 2009

Nasa lança Endeavour com sucesso nos EUA



Michael Berrigan/Reuters
Endeavour deixou o Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), às 19h03 desta quarta-feira (15)

da Folha Online

A Nasa lançou o ônibus espacial Endeavour com sucesso, no começo da noite desta quarta-feira (15), em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). O lançamento ocorreu após cinco cancelamentos da missão, cujo destino é a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Na nave, há sete tripulantes que se unirão aos seis atuais ocupantes da estação, transformando esse encontro de 13 pessoas no mais movimentado na história da ISS.

A sexta tentativa de pôr a nave no espaço veio depois de três cancelamentos no sábado, no domingo e na segunda-feira devido a chuvas e tempestades elétricas na região.

Outras duas tentativas foram frustradas no mês passado, após a detecção de vazamentos de combustível no tanque externo da Endeavour.

Segundo fontes da agência espacial, não há problemas técnicos atualmente. As operações para abastecer o ônibus espacial começaram às 9h30.

Caso as más condições do tempo persistissem e a partida não fosse possível, a missão deveria ser cancelada até o final do mês, já que a ISS deve receber nos próximos dias uma nave russa não tripulada que levará alimentos, equipamentos e outros itens para os atuais seis ocupantes do complexo.

O objetivo principal da missão é completar a instalação do laboratório japonês Kibo em cinco caminhadas espaciais, durante as quais também instalarão uma plataforma para experimentos científicos na falta de gravidade do espaço. Ao todo, serão cinco caminhadas espaciais.

A nave também leva materiais de reposição para a estação, alimentos, água e oxigênio para os seis residentes permanentes, assim como baterias para seus painéis solares, que os astronautas devem instalar em duas das cinco caminhadas previstas.

A missão também deve trazer de volta para a Terra o astronauta japonês Koichi Wakata, que está há três meses no espaço. Ele será substituído na ISS pelo americano Tim Kopra.

Além de Kopra, completam a tripulação os especialistas Dave Wolf, Christopher Cassidy, Tom Marshburn e a astronauta canadense Julie Payette

O comandante da missão é Mark Polansky, um veterano de duas viagens espaciais, e o novato Doug Hurley pilotará a nave.

Dois astronautas do Endeavour concluem caminhada espacial

da France Presse, em Washington

Dois astronautas da tripulação do ônibus espacial norte-americano Endeavour realizaram neste sábado a primeira das cinco caminhadas espaciais previstas para a missão.

Tim Kopra e Dave Wolf retornaram à câmara de descompressão da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) e fecharam as comportas às 18h51 no horário de Brasília, 37 minutos antes do previsto, informou o apresentador da TV da Nasa.

Os astronautas permaneceram cinco horas e trinta e dois minutos no espaço. A caminhada espacial havia começado às 13h19 no horário de Brasília).

Kopra e Wolf cumpriram com êxito o principal objetivo de sua saída, que consistia em preparar a instalação do terceiro e último elemento do laboratório japonês Kibo.

O ônibus espacial Endeavour, com sete astronautas a bordo, foi lançado do Estado americano da Flórida na última quarta-feira (15) à noite, na sexta tentativa desde 13 de junho, e se acoplou nesta sexta-feira à ISS, distante 350 km da Terra.

domingo, 24 de maio de 2009

Primeira tentativa de hoje para pouso do "Atlantis" é adiada

Washington, 24 mai (EFE).- A Nasa (agência espacial americana) adiou a primeira tentativa prevista para hoje de aterrissagem do ônibus espacial "Atlantis" devido às más condições do tempo, o mesmo motivo que impede a chegada da nave e de seus sete tripulantes à Terra desde sexta-feira.

A tentativa inicial, prevista para as 10h09 de hoje (11h09 de Brasília), foi abortada após dois dias de chuvas na região do Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida, que obrigaram os astronautas a permanecer no espaço depois do fim da sua missão de reparar o telescópio Hubble.

A Nasa prepara outra oportunidade de pouso na Flórida para as 11h24 e mais duas para a base aérea de Edwards, no estado americano da Califórnia, onde as condições meteorológicas são melhores.

A agência espacial prefere que a nave chegue à Flórida, na costa leste, porque o transporte do "Atlantis" desde a costa oeste dos Estados Unidos teria um custo de US$ 1,8 milhão.

O "Atlantis" tem condições de permanecer no espaço até amanhã.
UOL

domingo, 26 de abril de 2009

Velas solares para navegação espacial



Redação do Site Inovação Tecnológica
17/03/2003
Velas solares para navegação espacial

"Seguindo a luz do sol, nós deixamos o Velho Mundo."
Cristóvão Colombo

Centenas de anos atrás, os descobridores de novos mundos utilizaram o Sol como bússola. Mas a luz do Sol pode fazer mais do que simplesmente nos guiar. Na verdade, ela pode mesmo nos empurrar no vasto reino do espaço, mais longe e mais rápido do que já fomos capazes de ir. Com a nova tecnologia de navegação solar, os cientistas estão descobrindo uma forma de converter a energia do Sol em uma fonte de propulsão para naves espaciais, fonte esta leve e sem a utilização de combustível.

"A idéia de navegação a velas solares tem sido discutida por mais de 100 anos, mas nossa tecnologia estrutural somente agora atingiu o ponto onde nós estamos prontos para executar algumas missões utilizando esse tipo de propulsão," disse Hoppy Price, engenheiro chefe do laboratório de navegação solar da NASA. "A navegação solar está agora sendo considerada para viagens interestelares porque ela não necessita levar nenhum combustível para operar e pode ser impulsionada pela luz do Sol e por lasers de alta potência."

A navegação solar é eficiente em termos energéticos, barata para ser construída e pode reduzir grandemente o peso de uma espaçonave. Tipicamente, as espaçonaves utilizam foguetes que aplicam curtos, mas poderosos empuxos sobre a nave, que então segue em inércia até seu destino. A navegação solar substitui esses pesados foguetes, além de aumentar a velocidade da espaçonave.

As velas solares são feitas de filmes ultra-finos sustentados por enormes estruturas muito leves. Um material altamente reflexivo cobre o lado que fica voltado para o Sol. O resultado é um gigantesco espelho, no mínimo do tamanho de um campo de futebol. Esse espelho reflete continuamente a luz do Sol e transfere o momento dos fótons para um objeto, resultando na movimentação desse objeto. Momento é a propriedade que permite que um objeto em movimento mantenha-se em movimento; é igual a massa x velocidade.

A inspiração para esta tecnologia veio do astrônomo Johannes Kepler, que viveu no século XVII. Kepler deduziu que ventos impulsionam objetos no espaço depois de observar caudas de cometas formadas por algo que poderia ser definido como uma brisa solar. O astrônomo alemão sugeriu que navios poderiam eventualmente navegar através do espaço utilizando velas que poderiam capturar esse vento. Ele estava errado acerca dos ventos, na medida em que eles não existem no vácuo espacial. Mas seus olhos não o enganaram: ele viu a leve pressão das partículas de luz solar (os fótons) sobre as partículas de poeira deixadas pelo cometa em órbita. Na Terra, as forças de fricção na atmosfera são muito grandes, tornando difícil a observação dessa pressão. Ela pode, no entanto, ser observada e utilizada no espaço.

Para domar essa força natural, os físicos atentaram para a lei de Newton, que estabelece que qualquer objeto sob influência de uma força irá sofrer uma aceleração de seu movimento. Eles também verificaram que a força exercida pelo Sol, apesar de ser muito pequena, é persistente. Ao longo de semanas e meses, a leve aceleração provida pelo Sol poderá eventualmente fazer com que uma espaçonave atinja velocidade suficiente para cobrir a distância entre Porto Alegre e Manaus em menos do que um minuto, cinco vezes mais rápido do que as naves Voyager e Pioneer, hoje já saindo do nosso Sistema Solar.

Os pesquisadores verificaram que teriam que projetar uma nave que combine as forças agindo sobre ela em uma maneira tal que produza uma aceleração líquida na direção desejada. Foi então que vieram com a idéia das velas solares, que permitirá ao homem navegar pelo espaço utilizando a força da luz solar.

"A NASA possui um programa tecnológico em andamento para desenvolver velas solares prontas para voar," disse Price. "Nós esperamos testá-las no solo em 2.005 e fazer voar missões científicas alguns poucos anos depois."

Se a NASA tiver sucesso, as futuras missões poderão utilizar a navegação solar para atingir uma série de objetivos relacionadas a esse tipo de propulsão, incluindo a possibilidade de correção de rumo de uma nave desse tipo. Pequenas velas do tamanho de pipas poderão ajustar a órbita e a estabilidade da nave, enquanto velas gigantes (de até 1.000.000 de metros quadrados), com a possível assistência de lasers ou transmissores de microondas, poderão ajudar a atingir a velocidade de viagem interestelar.

Velas solares foram propostas para utilização em uma sonda interestelar que poderá ser lançada em 2.015. Nesse caso, uma vela de meio quilômetro de largura permitirá à sonda viajar rápido o suficiente para ultrapassar a distância já coberta pela Voyager 1, atualmente a espaçonave mais distante da Terra, por volta de 2.023. Em apenas oito anos, a sonda cobrirá a mesma distância que a Voyager terá levado mais de quarenta anos para percorrer.