sábado, 31 de dezembro de 2011

Sondas da Nasa entrarão na órbita lunar no Ano Novo


Sondas da Nasa entrarãna órbita lunar no Ano Novo


Missão Grail começará a estudar a gravidade da Lua na noite do dia 31 de dezembro

iG São Paulo | 30/12/2011 17:30

Foto: Nasa

Ilustração mostra como as sondas Grail vão mapear a gravidade lunar
As duas sondas de prospecção espacial da missão Grail (acrônimo em inglês para Laboratório de Recuperação de Gravidade e Interior) chegarão no Ano Novo à órbita da Lua, de onde explorarão o interior do satélite, de acordo com a agência espacial americana.

A primeira sonda, a Grail-A, começará a orbitar a Lua às 19h21 de Brasília de 31 de dezembro, seguida pela Grail-B, que fará o mesmo em 1 de janeiro em torno de 22H05 GMT (20H05 de Brasília), informou a Nasa em um comunicado. Elas acionarão seus foguetes para diminuir a velocidade de modo que fiquem submetida à gravidade da Lua a 56 quilômetros da superfície lunar.

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"Embora desde a década de 1970 tenhamos enviados mais de uma centena de missões à Lua, inclusive duas nas quais os astronautas caminharam sobre sua superfície, a verdade é que há muitas coisas que não sabemos sobre a Lua", disse em teleconferência de imprensa Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e pesquisadora-chefe do programa GRAIL.

As duas sondas, que possuem o tamanho de uma máquina de lavar e foram avaliadas em 500 milhões de dólares cada, foram lançadas no dia 10 de setembro. As duas sondas levaram três meses para percorrer os quase quatro milhões de quilômetros que separam a Terra da Lua, sendo que o trajeto normal tripulado leva em torno de três dias para chegar ao satélite. A trajetória maior, além de cortar custos por usar um foguete menos potente, permitiu aos cientistas testar os dispositivos das sondas.

Grail-A e Grail-B traçarão um mapa da gravidade da Lua medindo os efeitos desta força sobre suas trajetórias orbitais. "Entre as muitas coisas que não sabemos sobre a Lua é por que o lado oculto é tão diferente do lado visível", declarou Zuber referindo-se ao hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra. "A resposta deve estar no interior da Lua", acrescentou a pesquisadora, explicando que a missão de estudo começará em março e deve durar 82 dias, embora os cientistas tenham pedido à Nasa que a estenda até dezembro.

A missão não está restrita aos cientistas e acadêmicos: cada uma das sondas Grail, impulsionadas por energia solar, está equipada com quatro câmaras que serão operadas por grupos de estudantes de nível médio. "Mais de 2.100 escolas em todo o país se registraram para este programa", comentou Zuber.

A Nasa chamou a missão Grail como "uma viagem ao centro da Lua" já que a medição da força de gravidade permitirá a construção de "mapas" de cem a mil vezes mais precisos sobre o interior de satélite que os obtidos até agora.

Durante a missão, as sondas orbitarão a uma distância, uma da outra, de 200 quilômetros e, segundo os cientistas, as mudanças regionais na gravidade lunar farão com que diminuam ou aumentem levemente sua velocidade. Isto, por sua vez, modificará a distância que as separa e os sinais de rádio transmitidos pelas sondas medirão as variações menores.

Desta forma, os pesquisadores poderão criar mapas do campo de gravidade. Com esses dados, os cientistas poderão deduzir o que há debaixo da superfície lunar com suas montanhas e crateras, e poderiam entender melhor por que o lado oculto da Lua é mais abrupto que o lado visto desde a Terra.

Outro dos mistérios que a missão poderá revelar, segundo Zuber, é se a Terra teve em outro tempo uma segunda lua menor. Há astrônomos que acreditam que algumas das marcas na superfície da Lua são resultado de uma colisão com um satélite menor.

(Com informações da EFE e AFP)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fundador da Microsoft anuncia projeto para viagens espaciais



O cofundador da gigante da informática Microsoft, Paul Allen, anunciou, nesta semana, que está se unindo com o engenheiro e empresário Burt Rutan para desenvolver uma nave em forma de avião capaz de realizar voos tripulados e de carga ao espaço.


O objetivo do ambicioso projeto é criar uma maneira mais rápida e barata de acessar a órbita terrestre e, assim, iniciar a indústria do turismo espacial.


"Há muito tempo sonhava em dar o próximo passo nos voos espaciais privados após o êxito da SpaceShipOne - para oferecer um sistema de voo espacial orbital flexível", disse Allen em comunicado.


Allen e Rutan são os criadores da nave SpaceShipOne (SS1), primeiro avião espacial de uso privado e tripulado a alcançar o espaço.


O novo projeto está a cargo na nova companhia de Allen, a Stratolaunch Systems, e deve entrar em operação em 2015, com o primeiro lançamento previsto para 2016.


A aeronaves terá uma envergadura enorme de 117 metros e utilizará seis turbinas iguais as dos aviões 747 - o maior avião jamais construído - para carregar um foguete com uma cápsula espacial até a estratosfera.


Quando atingir a altura desejada, o foguete será desacoplado da aeronave e ligará os seus próprios propulsores a fim de atingir a órbita baixa da Terra.


Uma vez que o sistema de lançamento se mostrar seguro e confiável, muitos o
utros voos tripulados se seguiram pois, segundo Allen, trata-se de um processo que economiza gastos por não utilizar as grandes quantidades de combustível exigidas pelos foguetes tradicionais.


Fonte: EFE

sábado, 5 de novembro de 2011


Tripulantes do Marte-500 encerram simulação de 1 ano e meio

Na sexta-feira (04) terminou a experiência Marte-500, onde participaram seis voluntários. A experiência consistia em passar um ano e meio encerrado numa cápsula construída para simular uma viagem, de ida, permanência e volta, do planeta vermelho – Marte.
No horário de Brasília, às 8 da manhã, os seis voluntários abriram a porta que foi lacrada em 3 de junho de 2010, quando a experiência simulando uma viagem tripulada a Marte começou. Foram mais de 500 dias isolados.
A montagem da cápsula ocorreu no Instituto de Estudos Biológicos de Moscou, ligado à Academia de Ciências da Rússia. A experiência contou com a monitoria de cientistas da Academia e pela Roskosmos, da Agência Cósmica Russa, com participação da Agência Espacial Europeia. Na equipe estavam três russos, um chinês e dois engenheiros, um France e outro ítalo-colombiano.
A simulação contou com lançamento e pouso em Marte. Além de passeios espaciais ao redor de Marte com retorno a Terra. Durante toda a simulação os voluntários contaram com monitoramento médico e psicológico.

Tripulantes do Marte-500 encerram simulação de 1 ano e meio

Na sexta-feira (04) terminou a experiência Marte-500, onde participaram seis voluntários. A experiência consistia em passar um ano e meio encerrado numa cápsula construída para simular uma viagem, de ida, permanência e volta, do planeta vermelho – Marte.
No horário de Brasília, às 8 da manhã, os seis voluntários abriram a porta que foi lacrada em 3 de junho de 2010, quando a experiência simulando uma viagem tripulada a Marte começou. Foram mais de 500 dias isolados.
A montagem da cápsula ocorreu no Instituto de Estudos Biológicos de Moscou, ligado à Academia de Ciências da Rússia. A experiência contou com a monitoria de cientistas da Academia e pela Roskosmos, da Agência Cósmica Russa, com participação da Agência Espacial Europeia. Na equipe estavam três russos, um chinês e dois engenheiros, um France e outro ítalo-colombiano.
A simulação contou com lançamento e pouso em Marte. Além de passeios espaciais ao redor de Marte com retorno a Terra. Durante toda a simulação os voluntários contaram com monitoramento médico e psicológico.

sábado, 24 de setembro de 2011

Satélite desativado caiu no Pacífico, diz Nasa


A agência espacial norte-americana americana Nasa informou que o seu satélite desativado caiu nas águas da parte norte do Oceano Pacífico, próximo à costa oeste dos Estados Unidos, na madrugada de hoje. Não houve registro de feridos nem estragos.

A Nasa havia dito mais cedo que o satélite, que pesa 5.675 quilos, havia caído entre 11h23 da noite de sexta-feira e 1h09 do sábado, citando informações do centro de operações espaciais conjuntas na Base da Força Aérea de Vandenberg na Califórnia.

Em seu website a Nasa informa que o local exato onde caíram os destroços ainda precisa ser determinado e que irá convocar a imprensa para entrevista coletiva ainda na tarde hoje. As informações são da Dow Jones.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pesquisa realizada em ônibus espaciais trouxe novas tecnologias

Com o auxílio de astronautas, experimentos enviados ao espaço resultaram em produtos usados diariamente na Terra

iG São Paulo | 20/07/2011 17:42
O programa de ônibus espaciais trouxe muitos benefícios científicos ao planeta. Ele ajudou a melhorar o conhecimento sobre o universo e nossos planetas vizinhos, criou um dos mapas topográficos mais detalhados da Terra, está ajudando médicos a entender o processo de envelhecimento humano e até mesmo melhorou a qualidade do leite em pó.
Um soldado que precisou passar por um campo minado ou um civil que necessitou sair de um carro acidentado podem ter tido suas vidas salvas por tecnologias derivadas de um ônibus espacial.
Muitos creditam ao programa Apollo a criação de novas tecnologias, como o velcro, revestimentos de Teflon e o suco em pó tipo Tang, mas essas foram coisas usadas pela Nasa, não inventadas pela agência espacial americana.
Ainda assim, o programa de ônibus espaciais não recebe o reconhecimento devido por sua ciência e tecnologia, afirma a Nasa. E os experimentos feitos nos ônibus espaciais vão ter seu fim no pouso do Atlantis.


Foto: AP
Pesquisa científica: experimentos realizados no espaço auxiliam vida na Terra
Claro que gastar quase 200 bilhões de dólares em qualquer tecnologia avançada vai compensar em maneiras inesperadas. Mas segundo um pesquisador crítico do programa americano de voos espaciais tripulados, as alegações da Nasa são mais autopromoção que qualquer outra coisa. “Tudo foi inventado em Terra e usado no espaço,” afirma Bob Park, professor de física da Universidade de Maryland e autor de livros que desvendam mitos científicos. Para ele, isso acaba servindo mais como ferramenta para alavancar vendas que qualquer outra coisa, citando um relatório antigo da Nasa.
Mas cientistas que trabalham com a agência espacial afirmam que a pesquisa dos ônibus espaciais compensou e muito. “Aprendemos bastante com eles, sim,” diz o professor de astronáutica e tecnologia de saúde Laurence Yong, do Instituto de tecnologia de Massachussetts (MIT), que enviou experimentos em sete voos espaciais, para estudar como a falta de gravidade afeta o corpo.

O ônibus espacial não foi construído para a pesquisa científica, afirmou Neal Lane, físico da Rice University, que chefiou a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos e foi conselheiro científico do presidente Bill Clinton. No entanto, tanto o ônibus quanto a Estação Espacial Internacional (ISS) -que não teria sido construída sem a frota -, são lugares sem precedentes para questões importantes da ciência. O pesquisador diz estar bastante animado com o acelerador de partículas instalado durante a última missão do Endeavour, em maio.

No espaço
As pessoas tendem a subestimar a crescente compreensão sobre biologia humana provida pela ISS e pelos ônibus espaciais, explica Lane. “Aprendemos coisas sobre o corpo humano que não teríamos como descobrir a não ser operando no espaço e por longos períodos”.
Astronautas perdem força óssea, têm problemas de equilíbio e deficiências no sistema imunológico que são semelhantes ao envelhecimento. Estudar como combater a perda óssea em astronautas com exercícios e outras atividades pode ajudar quem está na Terra.
Ainda assim, o campo mais beneficiado foi a astronomia. O maior exemplo é o Telescópio Hubble, que mudou a nossa visão do espaço e nossa compreensão da idade do universo. Ele foi lançado por um ônibus espacial, consertado por um ônibus espacial e atualizado quatro vezes por seus tripulantes em caminhadas espaciais. Sem isso, a visão que temos hoje do resto do universo é que estaria um tanto desfocada.
O ex-chefe da Nasa Alan Stern também lembrou que os ônibus espacias lançaram três outras sondas importantes: Galileo, que permitiu observar Júpiter e suas luas de perto, Magellan, que mapeou o quente e caótico Vênus e Ulysses, que examinou a influência do Sol nas fronteiras do sistema solar.
Outro feito subestimado é o de um voo de 2000, que levou à órbita um conjunto de radares especiais que mapeou a maior parte do planeta, incluindo locais inacessíveis anteriormente, como selvas e picos de montanhas, com as medições topográficas mais precisas até aquele momento. Isso foi muito importante para a aviação e planejamento militar.
“É algo que continuará a render frutos durante muito tempo, afetando ciência, meio ambiente e segurança nacional, mesmo sendo uma missão pouco valorizada,” afirmou o professor de aviação e pesquisa de voo da Universidade do Tennessee John Muratore, que já foi diretor de voos da Nasa.
Outro item pouco conhecido do ônibus espacial é o biorreator, diz Muratore. Projetado inicialmente para a cultura de células e tecidos em experiências com gravidade zero, é usado na Terra para vários tipos de pesquisas biomédicas. Biorreatores podem fazer com que culturas biológicas cresçam simulando a gravidade zero por rotação, e com isso, cientistas conseguem direcionar o crescimento de tecidos em formatos pré-estabelecidos usando moldes de plástico. “É uma tecnologia ainda em desenvolvimento, e ninguém sabe para onde ela pode ir,” diz Dan Lockney, gerente de tecnologias derivadas da Nasa.
Leite, roupa e operação cardíaca
Todos os anos, a agência divulga uma lista de descobertas científicas derivadas do ônibus espacial, sejam de propósito ou por acidente. Uma vez, os pesquisadores da Nasa estavam procurando jeitos de melhorar a comida dos astronautas e estavam analisando algas. Em uma espécie, encontraram um nutriente visto apenas em leite humano e o desenvolveram. De acordo com Lockney, a substância está presente atualmente em 95% das fórmulas de leite em pó infantil.
“Milhões de bebês foram alimentados pela Nasa, esqueçam o Tang,” brincou Lockney. Outro item é um material criado para trajes espaciais que controla a temperatura. Esse material que esfria o corpo está agora em meias, roupas para esportes de aventura e até mesmo em alguns ternos.
O cirurgião Michael DeBakey ajudou a desenvolver uma pequena bomba cardíaca, feita para pacientes que precisam de transplantes. A engenhoca é baseada nos fluidos que se movem pelos motores principais do ônibus espacial. O dispositivo já foi implantado em algumas centenas de pacientes.
A agência também desenvolveu uma ferramenta para bombeiros. Ela resgata vítimas de acidentes sem precisar de energia elétrica. O combustível dos foguetes do ônibus espacial foi usado na criação de uma dispositivo que desativa minas terrestres com segurança.
Para Yong, a ciência do ônibus espacial é ideal. Os astronautas se familiarizavam tanto com os experimentos que precisavam conduzir que se tornaram pesquisadores de verdade, algumas vezes até adaptando a pesquisa e melhorando seus resultados. Muitas vezes, eles eram coautores dos estudos publicados pelos professor do MIT. “É assim que ciência deve ser feita”.
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pouso do Atlantis marca fim do programa de ônibus espaciais dos EUA

BBC Brasil - ‎há 33 minutos‎
 
Para executar este conteúdo em Java você precisa estar sintonizado e ter a última versão do Flash player instalada em seu computador. Depois de 30 anos, o programa de ônibus espaciais americano chegou ao fim com o pouso da Atlantis, nesta quinta-feira. ...
 
 


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Atlantis voltando à Terra, são suas últimas horas no espaço

A Atlantis se aproxima da Terra, encotra-se a poucas horas de seu pouso final e de sua aposentadoria. A tripulação do ônibus espacial está finalizando os últimos detalhes para o pouso da Atlantis amanha quinta-feira as 6h56 no horário de Brasília no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Publicado em: 20 de julho de 2011
Atlantis voltando à Terra, são suas últimas horas no espaço
A Atlantis se aproxima da Terra, encotra-se a poucas horas de seu pouso final e de sua aposentadoria. A tripulação do ônibus espacial está finalizando os últimos detalhes para o pouso da Atlantis amanha quinta-feira as 6h56 no horário de Brasília no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
Nesta quarta-feira a tripulação simulou através de um programa de computador  a aterrissagem e também testou os sistemas de funcionamentos da nave. Lançada no último dia 8 de julho, a Atlantis passou 13 dias acoplada a Estação Espacial Internacional, onde transportou 4 tripulantes e cerca de 1 tonelada e meia de alimentos que permitirá a tripulação permanente da ISS suprir suas necessidades pelo período de um ano.
Portanto, a partir de amanhã os Estados Unidos dependerão de carona no ônibus espacial russo Soyouz para viajarem até a ISS até que a NASA construa um novo modelo espacial para suas viagens.
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Atlantis se desacopla com sucesso da ISS

Ônibus espacial deve voltar para a Terra nesta quinta-feira

AFP | 19/07/2011 10:03 - Atualizada às 16:13

Atlantis se desprende da ISS e conclui manobra para voltar para Terra

- Foto: Reuters
1/20
O Atlantis se desacoplou com sucesso da Estação Espacial Internacional (ISS) nesta terça-feira (19), anunciou a agência espacial americana. A última separação do Atlantis com a Estação Espacial Internacional ocorreu às 6H28m GMT, como estava previsto.

Os astronautas foram acordados com a música "Don't Panic" da banda britânica Coldplay, que foi dedicada ao piloto Doug Hurley, responsável por guiar o Atlantis em sua manobra de desacoplamento da ISS.
Às 3h28 (de Brasília), o ônibus espacial, com quatro astronautas a bordo, soltou as amarras da ISS, onde estão outros seis tripulantes, e iniciou um voo de 360 graus deixando à mostra sua parte inferior para a inspeção ocular a partir da estação.
O propósito é determinar a condição dos painéis térmicos que revestem a aeronave, ao entrar na atmosfera a seu retorno, se submete a uma temperatura de 2 mil graus.
Quase duas horas depois, quando completou a pirueta, a nave começou a afastar-se da ISS, enquanto ambos os equipamentos orbitavam a Terra a 27 mil km/h.

Adeus
Poucos minutos depois de desacoplar da Estação Espacial Internacional uma campainha soou a bordo da ISS para saudar a partida da Atlantis, imitando uma tradição da Marinha."A Atlantis parte da ISS pela última vez", afirmou em seguida o norte-americano Ronald Garan, um dos astronautas da tripulação permanente atual da ISS.
"Obrigado por ter concluído a 37ª missão de construção da ISS, este extraordinário laboratório orbital", acrescentou, antes de desejar à Atlantis "boa viagem".
Próximos dias
A tarefa seguinte dos tripulantes do Atlantis é a inspeção do exterior da nave com um braço robótico de 15 metros de longitude desde o que uma câmara tomada imagens tridimensionais de alta fidelidade para revisar, novamente, a coberta térmica.
Os técnicos e engenheiros da Nasa no Centro Espacial Johnson, no Texas, a partir de onde a missão é controlada, vão estudar as informações recolhidas em todas as inspeções e nesta quarta-feira decidirão se o ônibus espacial está em condições aptas para o retorno.
Chegada
Após a chegada do ônibus espacial no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida), prevista para quinta-feira às 6h58 (de Brasília), a Nasa pretende comemorar o sucesso da missão, mas, como vêm dizendo durante meses os funcionários da agência espacial americana, será um momento com sentimento nostálgico.
Isso não só porque acabará o programa de ônibus espaciais e centenas de funcionários da Nasa ficarão sem emprego, mas também porque os Estados Unidos não têm preparada a nave para substituir o veículo que durante 30 anos transportou cargas e tripulantes ao espaço.
"Não acho que isto signifique o fim dos voos (espaciais) tripulados americanos, mas estamos em um período de incertezas e não sabemos por quanto tempo", declarou à Agência Efe Valerie Neal, curadora do setor de naves do Museu Nacional do Espaço, em recente entrevista.
"Foram as naves de uma geração inteira. A parte mais triste é que não há outra nave esperando, não sabemos como será o próximo veículo espacial ou qual será o próximo destino", assinalou.
A Nasa cedeu ao setor privado a função de desenvolver a nave do futuro, aproveitando algumas das capacidades da agência espacial, e marcou como novas metas para a prospecção espacial alcançar um asteroide em 2025 e chegar a Marte em 2030.
A agência espacial americana espera que os primeiros veículos comerciais fiquem prontos até 2015. No entanto, enquanto isso, os astronautas americanos dependerão de naves de programas estrangeiros para viajar à ISS - como as russas Soyuz, por cuja missão terá de pagar cerca de US$ 50 milhões.
O programa de ônibus espaciais começou em 1981 com o lançamento do Columbia, seguido pelo Challenger (1983), Discovery (1984), Atlantis (1985) e Endeavour (1992), que se transformaram na bandeira da prospecção espacial dos Estados Unidos.
O Challenger e o Columbia sofreram acidentes - o primeiro explodiu 73 segundos após decolar em janeiro de 1986 e o Columbia se desintegrou em fevereiro de 2003, quando regressava à atmosfera -, o que fez com que o público se comovesse ainda mais com o programa.
Nesta última missão, o Atlantis levou mais de 4 mil quilos de mantimentos e equipamentos - inclusive mais de 1,1 mil quilos de alimentos -, que ajudarão a ISS a continuar operando durante 2012, além de contribuir com vários experimentos científicos, como um elaborado para o desenvolvimento de vacinas contra a salmonela.
Como lembrança desta histórica missão, antes de fechar as duas escotilhas, os tripulantes do Atlantis entregaram a seus companheiros da ISS a bandeira que viajou ao espaço na missão STS-1, realizada pelo Columbia em 12 de outubro de 1981, e um escudo comemorativo da missão STS-135, a última da era dos ônibus espaciais.
(Com informações da EFE e da AFP)

Atlantis se desacopla com sucesso da ISS

Ônibus espacial deve voltar para a Terra nesta quinta-feira

AFP | 19/07/2011 10:03 - Atualizada às 16:13

O Atlantis se desacoplou com sucesso da Estação Espacial Internacional (ISS) nesta terça-feira (19), anunciou a agência espacial americana. A última separação do Atlantis com a Estação Espacial Internacional ocorreu às 6H28m GMT, como estava previsto.

Os astronautas foram acordados com a música "Don't Panic" da banda britânica Coldplay, que foi dedicada ao piloto Doug Hurley, responsável por guiar o Atlantis em sua manobra de desacoplamento da ISS.
Às 3h28 (de Brasília), o ônibus espacial, com quatro astronautas a bordo, soltou as amarras da ISS, onde estão outros seis tripulantes, e iniciou um voo de 360 graus deixando à mostra sua parte inferior para a inspeção ocular a partir da estação.
O propósito é determinar a condição dos painéis térmicos que revestem a aeronave, ao entrar na atmosfera a seu retorno, se submete a uma temperatura de 2 mil graus.
Quase duas horas depois, quando completou a pirueta, a nave começou a afastar-se da ISS, enquanto ambos os equipamentos orbitavam a Terra a 27 mil km/h.
Veja a cobertura do voo final do Atlantis: 
Adeus
Poucos minutos depois de desacoplar da Estação Espacial Internacional uma campainha soou a bordo da ISS para saudar a partida da Atlantis, imitando uma tradição da Marinha."A Atlantis parte da ISS pela última vez", afirmou em seguida o norte-americano Ronald Garan, um dos astronautas da tripulação permanente atual da ISS.
"Obrigado por ter concluído a 37ª missão de construção da ISS, este extraordinário laboratório orbital", acrescentou, antes de desejar à Atlantis "boa viagem".
Próximos dias
A tarefa seguinte dos tripulantes do Atlantis é a inspeção do exterior da nave com um braço robótico de 15 metros de longitude desde o que uma câmara tomada imagens tridimensionais de alta fidelidade para revisar, novamente, a coberta térmica.
Os técnicos e engenheiros da Nasa no Centro Espacial Johnson, no Texas, a partir de onde a missão é controlada, vão estudar as informações recolhidas em todas as inspeções e nesta quarta-feira decidirão se o ônibus espacial está em condições aptas para o retorno.
Chegada
Após a chegada do ônibus espacial no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida), prevista para quinta-feira às 6h58 (de Brasília), a Nasa pretende comemorar o sucesso da missão, mas, como vêm dizendo durante meses os funcionários da agência espacial americana, será um momento com sentimento nostálgico.
Isso não só porque acabará o programa de ônibus espaciais e centenas de funcionários da Nasa ficarão sem emprego, mas também porque os Estados Unidos não têm preparada a nave para substituir o veículo que durante 30 anos transportou cargas e tripulantes ao espaço.
"Não acho que isto signifique o fim dos voos (espaciais) tripulados americanos, mas estamos em um período de incertezas e não sabemos por quanto tempo", declarou à Agência Efe Valerie Neal, curadora do setor de naves do Museu Nacional do Espaço, em recente entrevista.
"Foram as naves de uma geração inteira. A parte mais triste é que não há outra nave esperando, não sabemos como será o próximo veículo espacial ou qual será o próximo destino", assinalou.
A Nasa cedeu ao setor privado a função de desenvolver a nave do futuro, aproveitando algumas das capacidades da agência espacial, e marcou como novas metas para a prospecção espacial alcançar um asteroide em 2025 e chegar a Marte em 2030.
A agência espacial americana espera que os primeiros veículos comerciais fiquem prontos até 2015. No entanto, enquanto isso, os astronautas americanos dependerão de naves de programas estrangeiros para viajar à ISS - como as russas Soyuz, por cuja missão terá de pagar cerca de US$ 50 milhões.
O programa de ônibus espaciais começou em 1981 com o lançamento do Columbia, seguido pelo Challenger (1983), Discovery (1984), Atlantis (1985) e Endeavour (1992), que se transformaram na bandeira da prospecção espacial dos Estados Unidos.
O Challenger e o Columbia sofreram acidentes - o primeiro explodiu 73 segundos após decolar em janeiro de 1986 e o Columbia se desintegrou em fevereiro de 2003, quando regressava à atmosfera -, o que fez com que o público se comovesse ainda mais com o programa.
Nesta última missão, o Atlantis levou mais de 4 mil quilos de mantimentos e equipamentos - inclusive mais de 1,1 mil quilos de alimentos -, que ajudarão a ISS a continuar operando durante 2012, além de contribuir com vários experimentos científicos, como um elaborado para o desenvolvimento de vacinas contra a salmonela.
Como lembrança desta histórica missão, antes de fechar as duas escotilhas, os tripulantes do Atlantis entregaram a seus companheiros da ISS a bandeira que viajou ao espaço na missão STS-1, realizada pelo Columbia em 12 de outubro de 1981, e um escudo comemorativo da missão STS-135, a última da era dos ônibus espaciais.
(Com informações da EFE e da AFP)

domingo, 17 de julho de 2011

Sonda da NASA já está a orbitar fóssil do Sistema Solar

  Por Nicolau Ferreira

A viagem da sonda Dawn foi comprida. Quatro anos a circular à volta da Terra numa rota em espiral até alcançar Vesta. Finalmente, neste sábado, a gravidade do asteróide puxou a nave para a sua órbita, o que inicia um ano de observação de um objecto que, segundo os cientistas da NASA, é uma janela para o início da formação do Sistema Solar.
Um desenho da sonda Dawn na cintura de asteróides Um desenho da sonda Dawn na cintura de asteróides (JPL/NASA)

Vesta tem 500 quilómetros de diâmetro e é o segundo maior corpo de entre milhares que existem na cintura de asteróides que fica entre Marte e Júpiter. A Dawn vai ficar um ano a rodar à volta do asteróide para estudá-lo, depois continua a sua viagem para chegar até Ceres, o maior dos asteróides, e repetir a tarefa.

“Hoje, celebramos um marco incrível na exploração”, disse neste sábado em comunicado o administrador da NASA, Charles Bolden, referindo-se à entrada em órbita de uma nave num asteróide da cintura, algo que nunca tinha sido feito até então.

“O estudo de Dawn ao asteróide Vesta marca um sucesso científico maior, e também aponta o caminho para destinos futuros para onde as pessoas vão viajar nos próximos anos. O Presidente Obama ordenou à NASA para enviar astronautas para um asteróide em 2025, e a sonda está a reunir data importantíssima que vai dar informação a essa missão”, acrescentou.

Já se sabe muito sobre Vesta através de meteoritos que chocam contra a Terra provenientes deste enorme asteróide, e de observações feitas directamente. Há fortes indicações que Vesta esteja internamente estruturado como a Terra: um núcleo metálico e rocha à volta.

Só que a sua formação, ao contrário da Terra, estagnou devido à enorme força gravítica exercida por Júpiter, o que impediu a acreção de material num crescendo que levaria à formação de um planeta. “Vesta conta-nos como é que foi o processo de formação de planetas durante os primeiros 10 minutos em que se põe [um planeta] no forno”, disse à revista Nature Richard Binzel, investigador especialista em planetologia do MIT em Cambridge. É por isso um fóssil do início do Sistema Solar.

A sonda Dawn tem três instrumentos para analisar o asteróide. Uma câmara que vai filmar a superfície que detecta detalhes maiores de 10 metros. Um espectrómetro que vai analisar os minerais da crosta a diferentes comprimentos de onda. Um aparelho que produz raios gama e um detector de neutrões capaz de detectar as quantidades dos elementos.

Juntos, estes instrumentos poderão perceber como é que um corpo tão pequeno, comparado com os outros planetas (seria preciso juntar 26 Vestas em linha para se obter um diâmetro igual ao da Terra), pode sofrer uma diferenciação geológica semelhante. “Chamamos-lhe o mais pequeno planeta rochoso porque a sua evolução é muito similar à da Terra, da Lua, de Marte, e tem algumas similaridades com Mercúrio”, disse Carol Raymond, citada pelo Guardian, a investigadora pertence ao Jet Propulsion Laboratory da NASA e é a responsável por esta missão.

E depois há Ceres, o destino do segundo acto desta missão. A Dawn só vai chegar lá em 2015, mas parte do mistério de Vesta está nas características de Ceres. O maior dos asteróides, com 1000 quilómetros de diâmetro, é menos diferenciado, mais primitivo, tem uma química diferente com muitos minerais com água e a sua densidade é mais baixa do que Vesta. O asteróide poderá até ter um oceano gelado abaixo da superfície.

As únicas diferenças entre os dois asteróides são o lugar onde estão situados, Ceres está mais próximo de Júpiter, e a possibilidade de este asteróide ter-se formado milhões de anos após Vesta. O resto é uma incógnita para Carol Raymond: “Queremos descobrir porque é que as suas formações divergiram – foi a altura de formação, foi os gradientes químicos na cintura, foram as peculiaridades da história do bombardeamento de asteróides?”